Publicamos, aqui, a programação do Pentálogo X, a ocorrer na próxima semana (de 25 a 28 de novembro), nas dependências do hotel Albacora. Ao longo de três dos quatro dias de evento, 12 pesquisadores – em sua maioria, da área da Comunicação – realizarão suas conferências, cujos resumos estão disponíveis no corpo da programação. O dia de quarta-feira (27) está reservado para o VIII Colóquio das Mídias, cujos grupos de trabalho serão publicados em breve, aqui no site. Clique e confira a programação completa!


Para saber mais sobre a formação dos conferencistas, clique AQUI:

 

SEGUNDA-FEIRA – 25/11

MANHÃ

9h Abertura e Homenagem aos 10 Pentálogos

10h Intervalo

 

10h30 Valdir Castro - UFMG/Fiocruz - “Mídias locais e tragédia em Brumadinho: estratégias e táticas para a construção de novos sentidos” (vídeo) 

RESUMO: Entrevista apresenta os impactos da tragédia da Vale provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro na Mina do Córrego do Feijão no dia 25 de janeiro de 2019 matando 248 pessoas e deixando 22 desaparecidas (números atualizados), além de imensuráveis prejuízos ambientais, econômicos, sociais e psicossociais na região. Esta tragédia impôs à população local a necessidade de mobilização e de luta da sociedade local para, por lado, para evitar que a principal responsável por esta tragédia, a Vale, saia impune, como aconteceu em Mariana em 2019 e, por outro lado, para construir uma inteligibilidade mais ampla desse acontecimento para além dos supostos benefícios econômicos gerados pelas suas atividades extrativistas, como apregoam as peças de propaganda desses empreendimentos.  Neste contexto analisamos e buscamos compreender as estratégias e as táticas comunicacionais empregadas pelos grupos e movimentos  que surgiram depois desta tragédia tanto para evitar a imunidade da empresa quanto para compreender os alcances, os limites e o significado de suas atividades para além dos empregos, impostos e outros benefícios que geram para a sociedade local e global, como apregoam a comunicação institucional da empresa.

11h Comentários

11h30 Encerra

 

 

TARDE

14h Moisés Sbardelotto – UNISINOS - “Fronteiras e periferias dos saberes-fazeres religiosos em midiatização: o caso ‘Diversidade Católica’”

RESUMO: No ambiente digital, as práticas sociais, a partir de lógicas midiáticas, complexificam o fenômeno religioso hoje, em um processo de midiatização da religião. Tais ações são operadas não apenas a partir do âmbito eclesiástico-institucional ou midiático-industrial, mas também de inúmeros interagentes conectados – indivíduos, coletivos, grupos – que passam a promover modalidades complexificadas de significação e inteligibilidade do “sagrado” em rede. Um caso significativo dessas processualidades comunicacionais é o “Diversidade Católica” (DC), que se apresenta como “um grupo de leigos católicos que procura conciliar a fé cristã e a diversidade sexual e de gênero, promovendo o diálogo e a reflexão, a oração e a partilha”. Nascido em 2007 a partir de contatos online e hoje com presenças digitais em site, blog e Facebook, o grupo fornece subsídios teológicos e pastorais em rede acerca da interface entre “ser cristão católico” e “ser LGBT”. Neste artigo, analisam-se especificamente as interações e a ressignificação de práticas religiosas no ambiente digital a partir da organização do 1º Encontro Nacional de Católicos LGBT, evento organizado pelo DC em 2014, no Rio de Janeiro, reunindo católicos LGBT de todo o Brasil. Como resultado do encontro, foi articulada a Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT, que assumiu como “sede” uma página oficial no Facebook. Por fim, conclui-se, que, em redes comunicacionais, o fluxo de sentidos sobre o que é “ser católico” encontra brechas e escapes no processo de circulação social, indo muito além (ou ficando muito aquém) dos interesses eclesiásticos institucionais, expandindo suas fronteiras a partir da ação e mobilização comunicacional de suas periferias. Nas interações em rede, vão sendo construídos saberes-fazeres próprios e específicos sobre o catolicismo, em circuitos de compartilhamento e construção de conhecimento religioso não mais centralizados na instituição eclesiástica, mas articulados a partir das ações comunicacionais de interagentes diversos, mediante experimentação e invenção religiosas.

 

14h30 Debate

 

15h Intervalo

 

15h15 Sônia Fleury - FIOCRUZ - “Da fala sobre a favela à favela que não se cala”

RESUMO: Trata-se da exposição de minha trajetória como pesquisadora nas favelas do Rio de Janeiro, iniciada com a avaliação da política pública das Unidades de Polícia Pacificadora onde apontávamos as limitações da construção simbólica do discurso de paz se realizar por uma ocupação militar que colocava sob seu controle o território e a população das favelas. Um novo momento se constrói a partir do conhecimento da dinâmica cultural das favelas e das diferentes iniciativas de intelectuais locais em construir centros de estudos e coletivos culturais que possam resgatar a memória de seus moradores, suas lutas e condições de sociabilidade como forma de resistência e como espaço discursivo. A partir daí surge a iniciativa de construção do Dicionário de Favelas Marielle Franco.  Mídia e UPP: Fabricando a Paz As Unidades de Polícia Pacificadora começaram a ser implantadas na cidade do Rio de Janeiro em dezembro de 2008. À época, foram apresentadas como uma nova forma de atuação do Estado nas favelas. Pretendemos analisar a participação da mídia O Globo como porta-voz na construção simbólica dessa política pública de segurança na cidade do Rio de Janeiro, mediada por uma representação da paz a partir da estratégia policial-militar nominada de pacificação de favelas, cujo pilar seria a “retomada de território”. A compatibilização entre a almejada paz e a ocupação militar armada do território se constrói, fundamentalmente no nível simbólico, em franca contradição com os antagonismos vivenciados pelas populações dos territórios ocupados. Ao determinar o sentido de uma ação de policiamento através do domínio, da violência armada, da coerção e da força como segurança pública, exclui-se de imediato a possibilidade de uma política de segurança pública pautada por inciativas que busquem a transformação das condições estruturais da exclusão e que se organize em torno de um espaço discursivo capaz de gerar consenso, persuasão e civilidade. Em outros termos, busca revestir a política pública de uma ideologia que transmute tal projeto de dominação em opinião pública e vontade popular. No entanto, a preponderância do aspecto coercitivo termina, a cada momento, por minar as bases do consenso que está sendo forjado e por determinar a insustentabilidade da própria política pública. Dicionário de Favelas Marielle Franco O Projeto Dicionário de Favelas Marielle Franco tem por objetivo possibilitar a criação de plataforma virtual em formato enciclopédico colaborativo para agregar a produção acadêmica e documental já existente sobre as favelas do Rio de Janeiro e de outras cidades do Brasil. Este projeto visa também permitir a coleta e construção coletiva do conhecimento existente sobre as favelas, por meio da articulação de uma rede de parceiros que já se dedicam a este tema, tanto nas academias quanto nas instituições produtoras de conhecimentos existentes nas próprias favelas. O projeto tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Desenvolvido no ICICT/FIOCRUZ, já consta com mais de 150 participantes e mesmo número de contribuições na plataforma wikifavelas.com.br. Tem como objetivos: servir como facilitador para o resgate da memória e identidades coletivas dos moradores das favelas, como parte do compromisso com a expansão da cidadania e do direito à cidade; criar um espaço virtual que congregue o conhecimento sobre as favelas de forma interdisciplinar e interinstitucional; mobilizar atores com diferentes inserções sociais em uma rede que busque a produção coletiva de conhecimentos neste campo, sejam eles produtos acadêmicos como teses e artigos, ou documentais e imagéticos.

 

15h45 Debate

 

16h15 Intervalo

 

17h José Luiz Braga – UNISINOS - “Aprendizagem como macro-dispositivo comunicacional” (VÍDEO)

RESUMO: A palestra pretende sustentar o entendimento da aprendizagem como um macro-dispositivo interacional, básico para todos os processos comunicacionais – não apenas subsequentes a episódios formativos; mas no interior mesmo dos demais dispositivos. Essa perspectiva é acionada, depois, para propor um ângulo específico do aprender requerido para enfrentar os desafios da sociedade em midiatização. A caracterização como macro-dispositivo se refere ao fato de que a espécie humana e seus participantes dependem fortemente do aprender para interagir e gerar cultura. A cada cultura, a cada momento histórico, a cada circunstância, é preciso inventar, especificar e difundir objetivos e procedimentos em comum – para agir, para manter, para modificar – no enfrentamento de necessidades e desejos em constante reelaboração. Sem pretender referir uma história do aprender, grandes processos de aprendizagem podem ser lembrados: os processos originais de aprender na vivência; o salto educacional, de longa e produtiva história, a partir da escrita; as continuadas aprendizagens da prática e da cultura, direcionadas ou não por objetivos expressos. Por referência a estas invenções de longa duração, diversificadamente testadas e aperfeiçoadas,  e que vêm constituindo a base da formação social e servindo de modos para estar no espaço humano, é preciso, hoje, com a midiatização da sociedade, refletir sobre o salto da aprendizagem contextual agora necessário – sem deixar para trás o acervo dos demais dispositivos interacionais do aprender (e do ensinar) já desenvolvidos; mas os incorporando na busca de outro patamar da comunicação e de processos para o empenho de seus participantes na pluralidade de micro-dispositivos a inventar.

 

17h30 Debate

 

18h Encerra

 

TERÇA-FEIRA – 26/11

MANHÃ

9h Antônio Heberlê e Selma Lucia Lira Beltrão – EMBRAPA - “Interação, intercâmbio e construção do conhecimento nos projetos do Fundo Amazônia”

RESUMO: As ações de interação e comunicação presidem e orientam o projeto Amazocom em desenvolvimento deste 2018 na Amazônia Legal brasileira. Coordenado pela Embrapa, com recurso do Fundo Amazônia, o projeto visa contribuir para a mitigação do desmatamento bem como acionar contribuições objetivas para a redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal, por meio de debates sobre o tema com os comunicadores sociais e da formação de redes de comunicadores para disseminar conteúdos e boas práticas que ajudem nessas reduções. As ações são realizadas com foco territorial, por meio de divulgação de conteúdos em suportes digitais, radiofônicos, televisivos e de materiais impressos, notadamente com instalação de minibibliotecas nos territórios, produção de reportagens e quadros para os programas semanais de rádio e TV da Embrapa. A atuação do Amazocom acontece por meio de estratégias e instrumentos de interação social adequadas ao perfil do público-alvo, utilizando-se Unidades de Referência Tecnológica ou de Aprendizagem Tecnológica (UATs), dias de campo, cursos, cartilhas, vídeos, programas de rádio, dentre outros, em parceria com órgãos de assistência técnica (ATERs), prestadoras de serviços, bancos, órgãos federais, estaduais e municipais da agropecuária, e, principalmente, de produtores organizados, comunidades tradicionais da região (ribeirinhos, indígenas, pescadores, seringueiros, quilombolas, quebradeiras de coco, dentre outros). O Amazocom é um projeto transversal e também atende outros 18 projetos em execução na região amazônica, fornecendo estratégias de interação e comunicação e dando suporte a todo o Projeto Integrado da Amazônia.

 

9h30 Debate

 

10h Intervalo

 

10h30 Manuel Dutra – UFPA - “Mídia e apropriação de saberes tradicionais na Amazônia brasileira: uma estratégia discursiva”

RESUMO: A Amazônia, discursivamente tratada como um conceito aberto e vago, produz as condições para que os media sintam-se à vontade para aí colocar quaisquer outras noções, como se jamais isso viesse a ser-lhe cobrado. Uma espécie de campo aberto no qual cabem os mais variados tipos de discursos. Seria uma forma de permanência daquele conforto da distância de que fala Benjamin (1994, p. 202-3), segundo o qual os relatos do desconhecido colocam os cronistas, como os do período colonial, na posição cômoda de quem produz um saber à distância do destinatário. A disputa que se estabelece entre os suportes midiáticos massivos pelos índices de audiência, entendida esta como elemento determinante na repartição das verbas publicitárias, não inviabiliza, ao contrário, estimula uma relação de complementaridade na defesa dos mecanismos de mercado. Trata-se, lato sensu, de estratégias de solidariedade com vistas à permanência de valores estereotípicos, sem os quais o imaginário secularmente sedimentado tenderia a uma espécie de desconexão em relação ao discurso hegemônico produzido nos meios de comunicação. Pois é por meio de estereótipos que hoje, mais do que nunca, os valores-notícia são confundidos com os valores publicitários e de entretenimento, como de resto todo o conjunto discursivo dos suportes midiáticos.

 

11h Debate

 

11h30 Encerra

 

TARDE

14h30 Juciano Lacerda – UFRN - “A epidemia silenciosa: os sentidos circulantes sobre a sífilis nas condições de produção da campanha nacional e nas apropriações e leituras dos públicos”

RESUMO: O Ministério da Saúde declarou em 2016 a sífilis como um grave problema de saúde pública no Brasil. Como estratégia de indução de políticas públicas para o combate à sífilis, foi proposto o projeto "Pesquisa Aplicada para Integração Inteligente Orientada ao Fortalecimento das Redes de Atenção para Resposta Rápida à Sífilis", conduzido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), via Termo de Execução Descentralizada (TED 54/2017 SVS/MS) entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Ministério da Saúde (MS). Em 2018, foi desenvolvida a Campanha Nacional de Combate à Sífilis 2018-2019, com tema “teste, trate e cure” e o lema “lembrar de se cuidar”. A primeira fase da campanha foi veiculada entre novembro e dezembro de 2018, envolvendo a mídia massiva nacional e ações em diversas cidades do Brasil em que os índices da sífilis são mais alarmantes. Com base no processo de circulação da campanha, pretendemos apresentar e problematizar que matrizes  dinamizam processos de aprendizados calcados em modalidades imperativas, e que sentidos resultam quando apropriadas e semantizadas por lógicas outras vindas de  leituras dos atores sociais,em recepção. Haveria uma “outra sífilis” que emanaria de emaranhados de construções de relatos, de leituras e apropriações? Para esse movimento mapearemos os investimentos discursivos e simbólicos sobre a sífilis produzidos no tensionamento entre as estratégias discursivas ofertadas pela campanha em suas condições e gramáticas de produção e os sentidos outros produzidos em distintas gramáticas de reconhecimento pelos diversos públicos atingidos pela campanha, expressados em depoimentos coletados, mensagens e comentários identificados que circularam em redes sociais digitais e em vozes repercutidas na mídia tradicional sobre possíveis efeitos e resultados da campanha nacional.

 

15h00 Debate

 

15h30 Intervalo

 

16h Suzanne de Cheveigné – CNRS/França - “A recepção dos discursos televisivos sobre a ciência para crianças”

RESUMO: A pesquisa de recepção de TV que conduzi com Eliseo Veron incluiu uma seção sobre crianças de 10 anos, baseada em um corpo específico de literatura. Esta parte da pesquisa nunca foi publicada. Proponho relatar isso analisando as especificidades da recepção de um público infantil, bem como as semelhanças com seus colegas adultos. De fato, tínhamos observado o início dos mecanismos que marcaram as várias recepções de adultos. A articulação dos dois deve, portanto, poder contribuir para o tema de Pentalogo: "Comunicação, aprendizado, significado".

 

16h30 Debate

 

17h Encerra

 

QUARTA-FEIRA – 27/11

MANHÃ e TARDE - Colóquio Semiótica das Mídias

Grupos de Trabalho

 

NOITE

19h Sandra Massoni – UNR/Argentina - “Aportes de la teoría de la Comunicación Estratégica Enactiva a la ciencia transdisciplinar”

RESUMO: La Investigación Enactiva en Comunicación (IEC) es una metodología participativa para equipos interdisciplinarios que aborda a la comunicación en cualquier ámbito desde la metaperspectiva comunicacional estratégica (Massoni,2016). Una propuesta metodológica innovadora que se hace, a partir de una fuerte autocrítica respecto de las modalidades tradicionales de pensar y hacer comunicación. Trabaja en rebasar algunos de los reduccionismos de las teorías clásicas y para eso se basa en un sistema explicativo nuevo, una teoría de la Comunicación Estratégica Enactiva (CEE) que redefine a la “comunicación como un encuentro en la diversidad” (Massoni,1990 y 2003), “una reconfiguración intersubjetiva, dinámica y evolutiva, micro/macrosocial, compleja, fluida, fractálica y autoorganizada” (Massoni, 2013). Una teoría que se formula desde las epistemologías del sur (De Sousa Santos, 2014) y se nutre de tres raíces: el pensamiento comunicacional latinoamericano, el buen vivir de nuestros pueblos originarios y los nuevos paradigmas de la ciencia, en particular las teorías de la complejidad (Morín, 2009), de la fractalidad (Mandelbrot, 1987) y de lo fluido (Prigogine, 1983). 

 

19h30 Debate

 

20h Encerra

 

 

QUINTA-FEIRA – 28/11

MANHÃ

9h Cidoval Morais de Sousa – UEPB - “Dilemas da comunicação em saúde: uma leitura a partir da tríplice epidemia (Dengue, Zika e Chikungunya) no Semiárido nordestino”

RESUMO: A proposta desta apresentação é problematizar a construção de sentidos da comunicação em contextos emergenciais de promoção da saúde e enfrentamentos de doenças negligenciadas, como a dengue, e doenças emergentes como Zika e Chikungunya, em pequenas cidades do Semiárido nordestino. Entre 2015_2017 o Brasil viveu a maior epidemia de Dengue de sua história recente e a emergência do Zika vírus, que trouxe, no pacote, a microcefalia. Nosso propósito é olhar para a comunicação produzida como estratégia de enfrentamento do problema e fazer algumas leituras, problematizando sentidos e desafios, sobretudo, emanados do processo de apropriação social. Partimos, de um lado, da compreensão do lugar estratégico da comunicação em suas múltiplas formas (e plataformas) nas políticas, projetos e ações de promoção da saúde, e, de outro, da complexidade dos processos de apropriação dos diferentes discursos que tem sido utilizados, especialmente pelo setor de saúde, para combater as doenças mencionadas e que tem como único vetor o mosquito Aedes aegypti. As leituras que apresentamos se apoiam na experiência do projeto Zika UEPB, que se desenvolve desde 2015, com apoio da CAPES e CNPq e está inserido no que ficou conhecido, nacionalmente, como resposta do SUS à tríplice epidemia (dengue, Zika e Chikungunya). O locus de ação do projeto é o território do Consórcio São Saruê, integrado por 12 municípios de três microregiões do estado da Paraíba: agreste, cariri e curimataú. A metodologia de pesquisa e intervenção foi estruturada em dois grandes eixos interdependentes: escutatórias (construção coletiva de diagnósticos) e diálogo de saberes (construção coletiva de soluções, sem hierarquia de expertise, competências, conhecimentos científicos e saberes tradicionais). Trazemos como apontamentos para discussão alguns achados importantes no que diz  respeito à comunicação nesse processo: prevalência do modelo unidirecional e pautada na pedagogia do déficit cognitivo,  que distingue os interlocutores entre os que sabem e tem o que comunicar e os que não sabem e precisam escutar para aprender; comunicação focada no viés autoritário, que embute ameaças ("se não fizer assim..."), dissemina medo e culpa; conteúdos que exploram mais a doença do que a promoção da saúde; e processos que fetichizam o mosquito, projetando-o como um ente, fora de controle e contra o qual nossa guerra deve ser permanente.

 

9h30 Debate

 

10h Intervalo

 

10h30 Mário Carlón – UBA/Argentina - “Futuro en construcción”

RESUMO: En los albores de la era contemporánea vivimos en un mundo en el que mediatización se ha vuelto ominipresente 24/7, hecho que en principio parece favorecer el contacto de las instituciones con los sujetos que con ellos se vinculan con ellas. Educación virtual, cátedras mediatizadas a través de sus páginas en Facebook, exposiciones audiovisuales con cañones y powerpoints en las aulas, profesores youtubers. Sin embargo, las diferencias entre las lógicas institucionales y las de los individuos permanecen, sino se han acrecentado, producto de que los procesos de divergencia que caracterizan a la circulación no cesan. No solo porque hay diferencias generacionales entre profesores y alumnos, entre nativos e inmigrantes digitales, sino porque la crisis del tiempo en que vivimos, que se expresa a través de una nueva relación entre pasado, presente y futuro, en la que el presente tiene un nuevo valor, pone en discusión constantemente contenidos que deberían ser útiles herramientas para “mañana”. Es una crisis que afecta a todos los ámbitos por igual, pero a la transmisión de saberes y a los procesos comunicacionales en particular debido a que es propio de las instituciones educacionales brindar instrumentos para un futuro tan agigantado como devaluado ante un presente omnipresente. Un futuro más que nunca en construcción. En este contexto esta ponencia va a efectuar una reflexión sobre esta situación a partir de un relatorio crítico de la experiencia de la cátedra “Semiótica de Redes” de la Universidad de Buenos Aires de la que soy Profesor Titular. Originada hace cuatro años la cátedra cuenta actualmente con 160 alumnos y una intención de inscripción de aproximadamente 400. Es de grado y en ella los alumnos realizan actualmente una investigación por grupos.  Está presente en Twitter, Facebook e Instagram. Y contamos con los resultados de encuestas anuales anónimas sobre nuestro desempeño. Aunque su presente es, en muchos sentidos, “exitoso”, estamos convencidos de que la mutación que estamos viviendo es tan vertiginosa que hay muchos cambios que un corto plazo tendremos que implementar.

 

11h Debate

11h30 Encerra

 

 

TARDE

14h Ricardo J. de Miranda – PELD-UFAL – “Pela Costa dos Corais: avaliação e monitoramento dos impactos do óleo nos sistemas ecológicos e sócio-culturais”

RESUMO: O projeto de Pesquisa Ecológica de Longa Duração, PELD Costa dos Corais (PELD-CCAL), executado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas em parceria com órgãos ambientais e instituições não-governamentais,  vem atuando desde 2017 no desenvolvimento de monitoramento e pesquisas de linha de base (baseline) em questões ecológicas e sócio-culturais na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC). O episódio de derramamento de óleo que atingiu 10 estados brasileiros e especialmente municípios alagoanos como Maragogi e Japaratinga, ameaça os recursos naturais, os ecossistemas, a saúde, a qualidade de vida e a economia das populações humanas. Nesse cenário, as pesquisas de linha de base desenvolvidas pelo PELD-CCAL serão importantes para a investigação da magnitude dos impactos ambientais e sócio-culturais causadas pelo óleo, por meio de comparação com cenários anteriores ao desastre, que estão agora sendo propostas em um plano de ações de curto e longo prazo.

 

15h Debate

 

15h45 Intervalo

 

16h Mesa CISECO

Encerramento